terça-feira, 28 de outubro de 2014

Semana do Diversa

Por: Charline Barbosa   
No dia 17 de outubro de 2014 durante a realização de atividades na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) - Campus Realeza/PR, foi realizada a recepção de alunxs da Educação Básica da região.
    Neste dia, os diferentes cursos da UFFS apresentaram as atividades que estão sendo desenvolvidas nos colégios do município de Realeza pelo PIBI/Ciências Biológicas.
   Abaixo seguem algumas fotos das atividades realizadas naquela manhã










Recepção de alunxs

  
   Em uma tarde na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) - Campus Realeza/PR xs pibidianxs do PIBID/Ciências Biológicas recepcionaram algumas turmas de alunxs de escolas da região.
    Para este dia, planejou-se uma variedades de exposições dos diferentes materiais, laboratórios e disciplinas que podem ser encontrados no curso de Ciências Biológicas - Licenciatura, da UFFS.
    Neste dia não houve separação entre xs pibidianxs das diferentes escolas, com isso, o trabalho deu-se em conjunto.
    Abaixo seguem: metodologia empregada,  fotos e trechos das atividades desenvolvidas.

Planejamento e metodologia
    São conferidas ao processo de ensino-aprendizagem, principalmente, duas questões: ensinar, que exprime uma atividade, e aprender, que envolve certo grau de realização de uma tarefa com êxito (SANTOS, 2005). Uma das principais preocupações da Psicologia Educacional, está na compreensão de como ocorre esse processo pelo aluno(a), com isso, surgem referenciais que ajudam o professor(a) a  orientar a prática do ensino-aprendizagem, são eles as teorias de aprendizagem (VASCONCELOS, 2003).
    De acordo com o trabalho de Moreira (1999), as teorias de aprendizagem surgem na década de 1960, propostas por David Ausubel, sendo uma corrente que se preocupava diretamente com o reforço no comportamento do individuo, onde um conhecimento novo se relacionaria com um antigo (já existente no individuo), formando um terceiro conhecimento modificado.
    A partir disso, partindo de questionamentos feitos pelos Pibidianos e Pibidianas, serão analisadas as bagagens culturais e conceituais que os alunos e alunas trazem acerca dos conteúdos que serão abordados no decorrer do módulo didático. Assim a problematização inicial não irá se restringir a um momento, mas percorrerá toda a prática proposta.
    Para o desenvolvimento de práticas de ensino, é fundamental que seja levada em consideração a relação professor-aluno. O aluno é visto como fator essencial para a construção do conhecimento, e não apenas como recebedor de conteúdos. Ele deve participar do desenvolvimento da aprendizagem ativamente, o que Jerome Brunel chamou de “aprendizagem por descoberta” (BRUINI, 2012), ou seja, o aluno deve ser estimulado a solucionar uma situação-problema, através de experimentações, levantamento de hipóteses, etc. O educador é visto como a pessoa que auxilia o aluno a chegar na solução de situações-problema, ele é o sujeito da história ou objeto da mesma (FILHO, et. al., 2009) e mais do que um transmissor de ideias e conhecimento, pode ser um formador de opiniões. A relação professor-aluno deve ser desenvolvida mediante a ideia de que o aluno não é uma tábula rasa, ele já tem seu conhecimento prévio de mundo e de certas situações e estas devem ser levadas em consideração no momento de ensino e de aprendizagem, Vygotsky chamava a atenção para a existência desse arcabouço histórico dos alunos, que precede cada situação de aprendizagem (ROCHA, 2012).
    Existem vários modelos que descrevem como se dá a aprendizagem durante o desenvolvimento cognitivo dos alunos, um deles é a teoria construtivista, proposta por Jean Piaget, a qual conforme destaca Gomes (2010)  se trata de um processo de aprendizagem por meio de perturbações. Ao final de um processo de perturbação, conservação e assimilação de novos conceitos, o indivíduo se tornaria autônomo, questionador, adaptativo e iterado em seu meio.
    Com base nisso, o objetivo deste trabalho é materializar, como deliberam os PCNs, o ensino construtivista com aprendizagem centrada no(a) aluno(a), visando o desenvolvimento da capacidade de investigação por meio de atividades práticas, abordando os conteúdos de reprodução (Sistema Reprodutor), genética (D.N.A.), higiene pessoal, micro-organismos e parasitoses

Áreas

Genética
Por: Tatiana Palinski e Martha
      No âmbito da Genética os alunos visitaram o laboratório de Bioquímica onde puderam observar a extração de DNA vegetal. Para a execução da atividade utilizou-se um roteiro prático disponibilizado no site da USP, e o vegetal escolhido foi o Morango.






      Os alunos demonstraram interesse pelo material extraído, onde retiraram também duvidas sobre o formato do DNA, como a extração é feita, e também sobre os testes de paternidade.

 
Parasitologia
Poliane Tonel e Rafaela Pazinato




 
 
Microbiologia
Por: Charline Barbosa e Mayza Lora
     No laboratório de Microbiologia xs alunxs foram questionados e sanados sobre questões como: o que estuda a Microbiologia? Por que estudar a Microbiologia? O que podemos fazer a parte de estudos da Microbiologia? Além de ter sido realizada uma breve explanação sobre o são são vírus, bactérias e fungos. Ao final de cada sessão foram mostradas três placas já prontas (realizadas pelas pibidianas no dia anterior), uma preparada a partir de um fio de cabelo, outra a partir da tela de um celular e a outra a partir de uma nota de dinheiro real.
     Quem ficou responsável por este laboratório foram as pibidianas Charline e Mayza, que estão respectivamente dispostas na foto abaixo.






 

Momento de estudos

Por: Charline Barbosa

            É por meio da participação de tarefas a serem desenvolvidas que há a construção do coletivo e o exercício de ações que evidenciam a democracia.
Segundo Dias (s.a.) é na construção do coletivo que há a participação, tomada de decisões e colaboração conjunta.
Segundo Kramer (2003 apud CHALUH, 2009, p. 80), no trabalho de professores deve-se considerar a dimensão coletiva, uma vez que ao possibilitar um momento dialógico, abre-se espaço para que o compartilhamento de problemas e, portanto, a percepção de um problema que muitas vezes é coletivo e não apenas limita-se ao âmbito individual.
Além disso, segundo Alarcão (2001 apud BOZZINI, WEIGERT E OLIVIRA, 2007, p. 28-29), “o trabalho coletivo e cooperativo trata-se de um caminho para a superação dos problemas atuais das escolas”. 
Considerando estas e outras bibliográficas busca-se por meio de um trabalho coletivo, realizadas as atividades docentes no Colégio Estadual João Paulo II.










 
Referências Bibliográficas
BOZZINI, Isabela C. T.; WEIGERT, Célia; OLIVEIRA, Márcia R. G. de. A importância do trabalho coletivo na escola. Revista LOGOS, n. 15, 2007.
CHALUH, Laura N. Grudo de trabalho coletivo na escola: trocando olhares, mudando práticas. In.: Educação em Revista, Belo Horizonte. V. 25, n. 01, p. 63-84. Abr. 2009.
DIAS, Rosana Cerqueira. Trabalho coletivo docente – desafios e possibilidades numa escola municipal de Ensino Fundamental de São Paulo. Mestra em Educação – Universidade Nove de Julho –UNINOVE. Professora de Educação Infantil na Rede Municipal de Ensino de São Paulo. São Paulo [Brasil]. Orientadora: Profª Dra. Maria da Glória Gohn.

Murais

 
    Murais do PIBID/Ciências Biológicas










 Como xs alunxs estão sendo pontuadxs quando cumprem atividades relacionada ao Projeto de Educação Ambiental que está sendo desenvolvido no Colégio Estadual João Paulo II, foi confeccionado um mural pra anotar a pontuação.

 

A passos de formiga

Por: Charline Barbosa e Tatiana Palinski

Passeio com xs alunxs 

Também como atividade integrante do Projeto de Educação Ambiental, realizado no Colégio João Paulo II, planejou-se a realização do plantio de árvores e flores dentro do espaço escolar. Para isso, inicialmente foi realizado um passeio na escola com os(as) alunos(as) do Ensino Médio. Este passeio objetivou fazer com que os(as) alunos(as) recebessem a constituição arbórea presente no entorno escolar. Assim, eles puderam observar com mais atenção o que possuem no pátio; o que falta lá e, portanto, o que pode ser acrescentando; o que pode ser modificado; o que pode ser excluído, entre outros aspectos. Enfim, por meio deste passeio intentou-se criar a percepção nos(as) alunos(as) sobre a realidade que os(as) circundam, sendo está realidade aquela que vai também para além dos muros da escola.
Cada turma, no período matutino, com a colaboração do(a) professor(a) que lecionava naquela turna, guiado pelos(as) pibidianos, realizaram o passeio na escola.
Em alguns períodos da visita, os bolsistas realizavam pausas e tinham conversas com os alunos, mediante ao que estava sendo observado no momento, onde os alunos eram indagados sobre a situação de determinados pontos, e o que poderia ser feito para minimizar danos, e então melhorar aquele espaço. A maioria dos alunos, nos diferentes pontos de pausa, sugeriram o plantio de árvores, flores, limpeza e melhoramento do local, para melhor uso do estabelecimento. Ressaltando que anterior ao passeio pela escola, estava previsto plantio de plantas, e reformulação de alguns espaços, e nesse momento de conversa podemos identificar as angustias e desejos de melhorias na escola, podendo deixar assim a instituição com a cara diferente. Ao fim da volta pela área externa do ambiente escolar, os alunos eram conduzidos até suas salas de aula
Além disso, como este passeio intentou criar a percepção dos(as) alunos(as) sobre o meio que os cerca, afim de que após fossem plantadas diferentes espécies de flora, cada turma do Ensino Médio foi responsabilizada por realizar uma pesquisa sobre a flora nativa e elencar algumas das plantas que poderiam se fazer presentes na escola por meio do plantio das mesmas.



























Confecção dos materiais
Visando um planejamento quanto ao plantio e conservação de áreas que apresentam deficit em plantas (árvores e/ou flores), foi destinado um momento, em horário contrário ao das aulas dxs alunxs, para xs mesmxs participarem da atividade de confecção de materiais, os quais posteriormente seriam utilizados para o plantio das plantas. Esta atividade ocorreu após o passeio dos(as) alunos(as) na escola.
Em momento anterior ao de confecção dos materiais, aos alunos foi proposto que trouxessem materiais, como pneus, garrafas PET, potes pequenos, caixotes, entre outros materiais que não fossem utilizados em suas casas, para assim reutilizar no ambiente escolar no momento do plantio. Para a realização da atividade alguns alunxs de cada turma foram convidadxs a participar da confecção. Esta atividade faz parte da gincana que está acontecendo com os mesmos.
A adesão pela atividade foi considerada de nível médio, sendo que foram poucos os alunos que compareceram naquela tarde, porém tentavam ajudar no que conseguiam/podiam. A escola disponibilizou alguns materiais utilizados nessa tarde, como tintas, pincéis, lixas, dentre outros materiais.
 Foi pintada a maioria dos pneus, os caixotes, lajotas para pequeno jardim externo e também a pintura em alguns potes, os quais servirão para plantio de flores (as quais também ganharão vida em garrafas PET customizadas). Também foi construída uma floreira de madeira. Ao fim da tarde de trabalhos pode ser observado diversos materiais prontos para uso no plantio das plantas, sendo que para esse foi destinado um outro momento, sendo novamente convidado os alunos para participação na atividade.























Plantio
Como pode ser observado nas imagens anteriores, alguns alunos(as) do Ensino Médio contribuíram para a confecção dos materiais, bem como auxiliaram na poda de árvores e na confecção de um canteiro central, que localiza-se no pátio da parte posterior da escola (como pode ser observado nas imagens a seguir).



Também foi restaurada a parte frontal da escola, como pode ser observada nas imagens a seguir:




 Dentre outros espaços da escola, como pode ser visualizado nas imagens abaixo:


























Atitudes como estas, em consonância com os(as) alunos(as) objetiva-se despertar nos(as) mesmos(as) a sensibilidade em perceber o meio como um local que é utilizado por um conjunto de indivíduos e que o mesmo pode ser, portanto, cuidado/preservado/restaurado. Assim, por meio do plantio, os(as) alunos(as) podem também habituarem-se com o cuidado de plantas em suas residências, bem como obter cuidado de plantas alheias. Além disso, despertar o anseio de preservação (de matas, florestas, riachos e outros ecossistemas naturais) a nível global.