quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Pequenas, porém grandiosas

Por: Charline Barbosa

Foi durante minha primeira intervenção realizada pelos dias 31 de julho, que os alunos do 1º ano do Ensino Médio (Figura 1 e Figura 2), do Colégio João Paulo II, situado no município de Realeza/PR, puderam perceber um pouco do trabalho realizado por estes microorganismos chamados de bactérias.
Figura 1: 1º ano B, do Colégio Estadual João Paulo II.
Foto por: Francieli Carla Soares.
  
Figura 2: Aluna do 1º ano B interagindo com a pibidiana Charline durante a explicação.
Foto por: Francieli Carla Soares.

O trabalho realizado durante a intervenção permeou a elucidação de processos como a glicólise e a fermentação - alcoólica, acética e lática. Para isso, foi utilizado um experimento que permitiu demonstrar aos alunos a influência das bactérias na nossa própria vida, uma vez que produzem bebidas e vários alimentos que consumimos (o experimento pode ser melhor visualizado na Figura 3). Mais do que isso, objetivou-se também, por meio da intervenção, permitir aos alunos compreender que este processo, que denominados de fermentação, é realizado pelo nosso corpo quando nos encontramos em uma situação de intensa atividade física (por exemplo quando corremos) ou quando um crocodilo ataca sua presa, como visto na Figura 4.
Figura 3: A pibidiana Charline durante as explicações do conteúdo.
Foto por: Francieli Carla Soares



Figura 4: Crocodilo durante o ataque da sua presa.
Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIkEJKKt2u-4NzHDUvP9oLcOJbP2YH2F28Pk3_K292iNXT5UpRPsk7CXhFETtUfQw1Q0Mlrq6_PWSEXqBCNR6o9DRw4xJo4CVhSsFXRw-MGR3Tuc44YC56r56pRU9P1AzqFWRlzlumjj0/s400/04.jpg


Figura 5
Foto por: Charline Barbosa.
A atividade demonstrativa realizada, se tratou de duas garrafas pet (510 ml), como mostrado na Figura 5, sendo que em uma garrafa foi colocado água e o fermento biológico que é composto pela bactéria da espécie Saccharomyces cerevisiae, que pode ser observada na Figura 6. Enquanto isso, na outra garrafa foi colocado água, o mesmo fermento biológico utilizado na outra garrafa, e também foi acrescentado açúcar. Em ambas as garrafas foi colocado na abertura um balão. Com o passar do tempo, percebeu-se que o balão que estava na garrafa que continha água, fermento biológico e açúcar expandiu com maior rapidez em relação ao outro. Nesse sentido, pode-se mostrar a influência das bactérias (presentes no fermento).



Figura 6
Fonte: http://www.brasilescola.com/upload/conteudo/images/b0462dec86ab9edf9efea196d8756475.jpg
Por a intervenção ter sido realizada apenas em um período (1 hora/aula) o tempo foi reduzido. Desta forma, nem todas as informações puderam ser apresentadas aos alunos. Uma delas encontra-se a seguir. Trata-se de uma notícia retirada do site http://gq.globo.com (Figura 7).
Figura 7.
Fonte: http://gq.globo.com

Agora diga você, o porquê disso?


Para isso, vou lhe ajudar a compreender como ocorre a fermentação, porém, de forma sucinta.  Exemplificando, temos a fermentação alcoólica, que trata-se da
"ação de leveduras sobre açúcares fermentescíveis contidos em uma solução. É um processo biológico no qual a energia fornecida por reações de oxidação parcial pode ser utilizada para o crescimento de leveduras e a oxidação partical anaeróbia da hexose na produção de álcool de CO2 (LIMA e MARCONDES, 2002 apud PACHECO, 2010). A transformação da sacarose em etanol e CO2 envolve 12 reações em sequência ordenada, cada qual catalisada por uma enzima específica [...]. Tal aparato enzimático encontra-se confinado no citoplasma celular, sendo, portanto, nessa região da célula que a fermentação alcoólica se processa" (LIMA, BASSO e AMORIM, 2001 apud PACHECO, 2010).

Figura 8 - A vida da glicólise.
Fonte: http://dc341.4shared.com/doc/9j0
Cn_bN/preview_html_7474a67b.png


A via que está estritamente relacionada com a fermentação, trata-se da via da glicólise (Figura 8). Neste via metabólica, a glicose é metabolizada e são produzidas duas moléculas de piruvato. No caso da fermentação alcóolica e em condições anaeróbicas (sem a presença de oxigênio), o piruvato que foi produzido é convertido em etanol, havendo ainda o desprendimento de CO2 (PACHECO, 2010). Os produtos produzidos pela bactéria são utilizados na produção do vinho, cerveja e outras bebidas alcoólicas, além do pão. O processo da fermentação alcoólica pode ser melhor observado na Figura 9.
  
Figura 9 - Processo da
fermentação alcoólica.
Fonte: Nelson e Cox (2011).
Enquanto isso, a fermentação acética tem como produto final o ácido acético, o qual causa o sabor azedo do vinho ou dos sumos de fruta e sua consequente transformação em vinagre (ácido acético), como observado na Figura 10. Além disso, temos a fermentação láctica. Esta, possui como produto final dos seus processos fisiológicos, o ácido láctico. Este, normalmente é produzido a partir da lactose do leite. O baixar do pH causado pela acumulação do ácido láctico causa a coagulação das proteínas do leite e a formação do coalho usado no fabrico de iogurtes e queijos. O processo de fermentação láctica pode ser melhor observada na Figura 11.




Figura 10. Processo de formação do ácido acético.
Fonte: http://www.gentequeeduca.org.br/sites/default/files/ importadas/2013/06/03/1821/Nteu9/veja-na-sala-de-aula-tabela-etanol-030613-a.jpeg


 Figura 11 - Processo da fermentação láctica.
Fonte: Nelson e Cox (2011)





Diferentemente do que possamos pensar, as bactérias ao realizarem este processo não possuem como intuito produzir estes produtos, mas sim, realizam estes processo afim de gerar energia, também conhecida como ATP - adenosina trifosfato. Assim, é por meio da produção de energia que a bactéria consegue realizar suas funções fisiológicas, portanto, é assim que ela consegue sobreviver.











Referências Bibliográficas
PACHECO, Thályta F. Fermentação alcoólica com leveduras de características floculantes em reator tipo torre com escoamento ascendente. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Uberlândia, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química. Faculdade de Engenharia Química. Uberlândia - MG, 2010. Disponível em: <http://www.bdtd.ufu.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2851> Acesso em: 24 de julho de 2014.
NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. 5ª ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2011. 1273 p. ISBN 9788536324180.

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